domingo, 7 de agosto de 2011

Crentes de consciência forte, não abusem dos mais fraco


Romanos 14 e 15 e 1 Coríntios 8.9,10. Essas referências bíblicas apresentam dois tipos de consciência: fraca ou forte. O apóstolo Paulo utiliza uma linguagem simples e metafórica para falar desses tipos de consciências. 

À consciência fraca, ele identifica como o crente que é fraco na fé, ou mesmo “enfermo na fé” (Rm 14.1). A contextualização da doutrina dos dias de Paulo é uma realidade atual. Não é difícil encontrarmos, no convívio cristão, aquelas pessoas de consciência fraca. As características dessas pessoas são facilmente percebidas.

Geralmente, vivem em constantes dificuldades de relacionamento no meio da comunidade. Essas pessoas valorizam banalidades exteriores e acabam criando problemas na comunidade. Falta-lhes conhecimento da Palavra de Deus. Facilmente se ofendem e se magoam. 

São pessoas instáveis emocional e espiritualmente. Costumam criticar tudo que não seja conforme seus padrões. São dominadas por uma predisposição crítica contra pessoas que não estejam dentro dos caprichos pessoais. 

Esse tipo de gente é legalista e extremista, e um de seus aspectos negativos é a falta de prioridades claras na vida cristã.

Os cristãos de consciência forte são aqueles cujas características são manifestas com equilíbrio e conhecimento. De fato, o que lhes dá equilíbrio é o conhecimento espiritual e bíblico pelo qual conseguem discernir os fatos ao seu redor. Ter uma consciência forte significa ser livre de amarras legalistas e farisaicas que maltratam tantas pessoas.

Normalmente, são pessoas flexíveis e tolerantes com os fracos na fé. Sabem sacrificar privilégios para não ofender os de consciência fraca. Evitam discussões que não edificam. Ajudam os fracos a não tropeçarem na fé e promovem, se possível, a paz entre todos.

A passagem bíblica de 1 Coríntios 8.9 declara que a liberdade de consciência dos fortes não lhes dá o direito do menosprezo, do pouco caso com os fracos na fé. Diz a Escritura: “Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos”. Quem possui uma consciência forte respeita a fragilidade dos outros, promove a paz e fortalece a comunhão cristã.

O texto bíblico de 1 Coríntios 8.12 diz: “Ora, pecando assim contra o irmão e ferindo a sua consciência, pecais contra Cristo”. A Bíblia de Estudo Pentecostal comenta esse versículo assim: “Aquele que, pelo seu exemplo, levam outros ao pecado e à ruína espiritual (v. 11) pecam, não somente contra aquela pessoa, mas também contra o próprio Cristo”.

Se pudermos convencer os fracos na fé acerca das prioridades verdadeiras da vida cristã, devemos fazê-lo com amor, sabedoria e sem imposição. Há coisas que faço das quais minha consciência cristã não condena. Mas não é assim com o de consciência fraca, que se abate e se escandaliza com facilidade.

Portanto, se o que faço prejudica a fé do meu irmã fraco, não devo usar minha liberdade para escandalizá-lo.

Trecho do livro “A síndrome do canto do galo”, de Elienai Cabral (Editora CPAD, p. 71)

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